sexta-feira, 29 de abril de 2016

Opinião: "O Código da Morte" de Lindsay Cummings



"Semanas após ter sido capturada, Meadow Woodson foi feita prisioneira da Iniciativa e está prestes a perder tudo em nome da sobrevivência. Tentam quebrá-la e forçá-la à submissão, mas a jovem não tenciona desistir e está determinada em não deixar a Iniciativa vencer. Não importam os obstáculos, atribulações e a dor, tudo irá suportar para proteger a sua família, mesmo que implique perder a vida.  

Desejoso de obter vingança, Zephyr tem apenas um objetivo em mente: encontrar Lark Woodson, a mãe da rapariga que ama, e a mulher por detrás do segredo do Complexo dos Assassinos. Mas mesmo que consiga resgatar Meadow, ele terá de tomar a escolha de a seguir em direção ao desconhecido e sacrificar tudo aquilo pelo qual lutou, incluindo a sua própria liberdade..."



Este livro era um dos meus mais esperados para este ano, pois, após ter lido o primeiro o ano passado, mal podia esperar para saber a continuação desta história.

No entanto, e a verdade é que está já não é a primeiro vez que isto, acontece, o final deixou um pouco a desejar.  No meu ponto de vista, a imaginação dos escritores de ficção-científica do género Os Jogos da Fome ou Divergente está muito cingida em torno da mesma coisa. Parece que há apenas uma receita para este género de livros: uma rapaz e uma rapariga que se apaixonam, mas que vivem num mundo futurista, muito diferente daquilo que (a maioria) de nós pensa, e onde a rapariga é muito ligada à família, que por alguma razão está em perigo, e tem de salvá-la. Não nos podemos também esquecer que estas personagens se encontram numa espécie de experiência, barricadas do mundo que as rodeia. E tcharam! Têm uma distópia escrita! 



Tenho de admitir, no entanto, que a utilização de certos elementos inesperados na história, incluindo a forma como Meadow e Zephyr se encontram e o papel que a Meadow e a mãe dela têm no desenrolar da história faz com que este livro não seja assim tão tão parecido com os outros dentro do género. 

No entanto, tenho de admitir que gostei mais do primeiro livro, O Complexo dos Assassinos, do que deste último. O primeiro tem mais ação, mais história, é mais inesperado!

Classificação: 4/5

sábado, 23 de abril de 2016

Opinião: "Lugares Escuros" de Gillian Flynn


"Libby tinha sete anos quando a mãe e as duas irmãs foram assassinadas no "Sacrifício Satânico de Kinnakee, no Kansas". Ela sobreviveu e ficou célebre por testemunhar contra Ben, o irmão de quinze anos, que acusou de ser o assassino.

Quase trinta anos depois, o Kill Club - uma macabra sociedade secreta obcecada por crimes extraordinários - localiza Libby e tenta arrancar-lhe os pormenores do crime. Esperam que as provas possam vir a libertar Ben; Libby, por seu lado, espera vir a lucrar com a sua história trágica e, por uma certa maquia, dispõe-se a contactar os intervenientes daquela noite para depois contar as suas descobertas ao clube.

À medida que a sua investigação a leva de clubes de striptease no Missouri a cidadezinhas outrora turísticas no Oklahoma agora abandonadas, a verdade inimaginável começa a vir ao de cima e lança Libby de volta ao ponto de partida: a fugir de um assassino."



Eu terminei de ler este livro na segunda-feira à noite, e tenho de admitir que só não o fiz mais cedo, porque verdadeiramente não tive tempo. Lugares Escuros é o segundo livro de Gillian que eu leio (o primeiro foi Objetos Cortantes) e tenho de admitir que não sei qual o de que mais gostei.

Em ambos os livros, e pelo que pude ver isto acontece na maior parte dos livro de Flynn, a personagem principal é uma mulher que é ao mesmo tempo fraca e forte. Fraca, psicologicamente, devido a um qualquer trauma de infância; e forte, pois, sejamos honestos, é necessário ser-se forte para lidar com o que estas mulheres lidam.

O livro está muito bem construído, com relatos do tempo presente com Libby e dos dias que antecederam aquela noite fatídica com Bem e Patty, a mãe.

Fiquei bastante agradada com esta história, pois, ao contrário do que pensei ao início, não é uma nova versão dos livros anteriores. As reviravoltas na história estão bem descritas, não sendo demasiadas, e as pistas são subtilmente larvadas pela autora.

Se ainda não o leram, aconselho-vos vivamente!

Classificação: 5/5

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Entrevista com... Jeff Zentner ("The Serpent King")



"Dill has had to wrestle with vipers his whole life—at home, as the only son of a Pentecostal minister who urges him to handle poisonous rattlesnakes, and at school, where he faces down bullies who target him for his father’s extreme faith and very public fall from grace.
 
He and his fellow outcast friends must try to make it through their senior year of high school without letting the small-town culture destroy their creative spirits and sense of self. Graduation will lead to new beginnings for Lydia, whose edgy fashion blog is her ticket out of their rural Tennessee town. And Travis is content where he is thanks to his obsession with an epic book series and the fangirl turning his reality into real-life fantasy.
 
Their diverging paths could mean the end of their friendship. But not before Dill confronts his dark legacy to attempt to find a way into the light of a future worth living."

Recentemente, tive o enorme prazer de poder entrevistar Jeff Zentner acerca do seu primeiro livro: "The Serpent King"! Infelizmente, este ainda não foi publicado em Portugal, mas espero que esta entrevista possa acelerar este processo!

Aqui vai, então:

1 - O que é que te fez seguir a carreira de escritor? Era algo que sempre quis fazer, ou esse prazer só surgiu há pouco tempo? Sei que já fizeste parte de uma banda; o que te fez mudar de carreira?

Eu estava a trabalhar num programa em que ensinávamos musica rock para jovens. Vi algo muito especial neles e queria criar para eles. Sabia que minha música não era um tipo popular com jovens. Então resolvi escrever livros para jovens adultos.

2 - O que é que te inspirou a escrever The Serpent King? A amizade invulgar de três amigos que se juntam por se encontrarem excluídos da sociedade é pura imaginação ou tem algo de realidade?

Eu tinha experiência em sentir como era estar excluído dos grupos sociais na minha escola. Tenho muita empatia por gente excluída. 

3 - Podes explicar-nos o título do livro "The Serpent King"?

O titulo faz referencia ao avô do meu protagonista. Ele ganhou este apelido quando começou a matar serpentes depois de um deles matar a filha dele. 

4 - Define o teu livro numa palavra.

Superar.

5 - Quais são as melhores dicas que já alguém te deu/que podes dar a quem quer que seja que quer ser escritor?

Têm que ler absolutamente muitos, muitos livros de alta qualidade

6 - Livro e série favorita.

Livro:
A Estrada por Cormac McCarthy. 

Série:

A Song of Fire and Ice por George RR Martin

7 - O que é que fazes quando não estás a escrever?

Gosto de correr, andar, cozinhar, e ler.

8 - Como é que é um típico dia de escrita para ti? Tens algumas superstições quanto à escrita?

Escrevo no autocarro para o trabalho e de regresso a casa. Escrevo no meu iPhone. Quando tenho uma ideia boa, tento escrever 3-4 horas por dia. 

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E então, o que acharam? Ficaram interessados? Eu já ando há imenso tempo para comprar este livro (já li uma amostra no Kindle e adorei), por isso mal posso esperar que ele chegue às livrarias portuguesas!!

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Opinião: "Os 100: 21 Dias Depois" de Kass Morgan


"Passaram 21 dias desde que os 100 chegaram à Terra. Há 21 dias, eles pensavam ser os primeiros humanos a pisar o solo terrestre em séculos. Há 21 dias, eles pensavam estar sozinhos e seguros. Mas a realidade era completamente diferente. E ninguém estava preparado para ela...

Nesta excitante aventura de Os 100, há segredos revelados, crenças postas em causa e relações testadas ao limite. Os 100 vão ser postos à prova e terão de se unir para sobreviver."


Este é o segundo livro da trilogia Os 100, que começa com o livro homónimo e que eu já antes tinha adorado. A minha perspetiva para este livro já era muito boa e ele sem dúvida que não desiludiu.

Nesta sequela continuamos a acompanhar a vida dos principais protagonistas na sua aventura na Terra, a começar pela altura onde Kass Morgan nos tinha deixado: quando os 100 são atacados por terrestres, numa altura em que pensavam que eram os únicos a lá viver.


Novas paixões começam a desenvolver-se e até mesmo velhos ressentimentos começam a dissolver-se. Tenho de admitir que comecei a apoiar um casal que antes não gostava nada de ver junto!! :P :P

No meio de toda esta confusão, os 100 começam também a duvidar de quem são os seus líderes, de quem está a querer ajudá-los e quem não está.


Tal como já disse, gostei bastante do desenrolar da história. Tinha algumas reviravoltas que achei bastante propícias, no entanto, achei que a autora foi um pouco repetitiva no que diz respeito aos terrestres.

Na minha opinião, poderia ter tentado diversificar um pouco mais a história nesse ponto. 

De qualquer modo, estou bastante ansiosa para ver como é que esta história vai acabar!! TOPSELLER publiquem rápido o terceiro volume!!

Classificação: 4/5 

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Opinião: "Fangirl" de Rainbow Rowell


"Todo o mundo é fã dos livros de Simon Snow. Mas Cath vai mais longe: ser fã desses livros tornou-se a sua vida. Ela e a sua irmã gémea, Wren, refugiaram-se na obra de Simon Snow quando eram miúdas, e na verdade foi isso que as salvou da ruína emocional que foi a perda da mãe. 

Ler. Reler. Interagir em fóruns, escrever ficção baseada na obra de Simon Snow, vestir-se como as personagens dos livros. Mas essas fantasias deixam de fazer sentido quando se cresce, e enquanto Wren facilmente abandona esse refúgio, Cath não consegue fazê-lo. Na verdade, nem quer. 

Agora que vão para a universidade, Wren não quer ficar no mesmo quarto de Cath. E esta fica sozinha e fora da sua zona de conforto. Partilha o quarto com uma miúda arrogante; tem um professor que despreza os seus gostos; um colega atraente mas que apenas fala sobre a beleza das palavras... e, ainda por cima, Cath não consegue parar de se preocupar com o seu pai, tão querido, frágil e solitário.

 A pergunta paira no ar: será que ela consegue triunfar sem que Wren lhe dê a mão? Estará preparada para viver a vida em seu nome? Escrever as suas próprias histórias? E se isso significar deixar Simon Snow para trás?"


Bem, eu estou simplesmente apaixonada por este livro!! Ao início estava receosa de que fosse acabar por se tornar um cliché, mas a verdade é que nada disso aconteceu!!!

A história de amor entre as duas personagens é extremamente inesperado, inocente e realista!! A personagem principal, Cath, é super divertida e tenho que admitir que vejo algumas das minhas características refletidas nela!!

Tenho que vos dizer também que até ler este livro nunca fui grande fã das histórias de fan fiction, mas agora respeito imenso as pessoas que o fazem e as histórias que escrevem. Já para não falar de todas as críticas menos construtivas que decerto recebem...


Se nunca o leram, está na altura de o fazerem!!! Esta é mais do que uma história de amor. É uma história sobre a vida, sobre a relação entre irmãos (neste caso, duas irmãs gémeas) e a perda de um dos pais que afeta a vida dos filhos.

Classificação: 5/5